sexta-feira, 1 de novembro de 2013

AOS DEMAIS.... (UM)

Abraçado a ti, na mesma sala onde se encontra o mesmo sofá onde detaste e pensaste em mim... há coisas que me contas e não consigo esquecer! Dançamos, no fim de fazer amor, ao som de musicas de uma qualquer playlist.
Dizes-me ao ouvido palavras soltas, com todo o sentido quando isoladas, solitárias. Palavras que o momento propicia, palavras doces de querer, minhas e tuas. Mas uma faz-me olhar-te nos olhos porque não seguia o raciocínio anterior, a mim parecia não seguir:

-Partilha!


Ouve-se no Rádio:

Fecho os olhos e imagino que não vivo mais,
E o que importa se louco sou?
E somos desiguais, dizem os demais


Fui criança com pressa de crescer
Mas hoje a vida, à força faz-me perceber
Que tudo a seu tempo tem o seu valor
Tudo a seu tempo tem o seu valor!


Não, não me deixes partir
Sem entender o que temos aqui
Não, não me deixes partir
Sem entender o que temos nós dois


Quem sabe, de repente, faz-me um sinal
Apenas um sinal
Um gesto simples, não complicado nem ousado
Apenas um sinal


Quando repetes-me o que tinhas acabado de dizer:

 - Partilha!

As horas foram passando, dormimos, acordamos, comemos, saimos... e novamente em casa, quando  noite dentro, já sinto o teu desejo, e começo a ficar... como tu gostas, pronto para provocar e saciar os teus e meus desejos corporais e emocionais...

Tocam à campainha... e tu olhas-me como se soubesses que aguardavas alguém, e aguardavas alguém sem que eu soubesse.
Levantas-te, e vais em direcção à porta com passos lentos e a olhar para trás, para mim, com o teu andar sexy, mas com um olhar de quam apronta ou aprontou alguma! Abres a porta e sussurras algo com quem recebes.
Ouço a porta fechar e vejo-te à entrada da sala com uma amiga tua.
Recordo a cara dela, de te ver falar com ela, mas sei que não é uma amiga daquelas muito chegadas... é uma amiga, de longa data, presumo.
Como se em camara lenta fosse, encostas-te à parede ao lado da porta da sala, levantas uma das pernas e os braços, com o intuito de mostrar a tua vontade de entrega para mim e para a tua amiga.






Os teus olhos fisgados nos meus, e dizes:
-Agora vais entender o verdadeiro significado de "PARTILHA"! Não por ti nem por mim, mas a minha amiga é que vai ser dividida, ela é que vai ser partilhada, ela vai ser comida por mim enquanto ela te lambusa!
Enquanto as palavras vão sendo ditas por ti, vais perdendo a pouca roupa que ainda te restava no corpo e, é nesse instante que a tua amiga te vai imitando, despe-se até ficar em lingerie e parte para ti.


Aquele beijo durou uma eternidade, nem entendia ao certo quem estava mais quente, mas aquele beijo, estava recheado de sedução. Acho que nenhum homem consegue fazer aquilo, por muito carinhoso que seja, o toque feminino é sempre especial.
De salientar que as duas eram belíssimas e aquele momento, aquele beijo estavam a deixar-me fora de mim mas, a amiga antes de começar aquele beijo foi bem clara comigo: -Tu, deixa-te estar nesse sofá a observar-nos... Só vens quando eu ou ela te dermos um sinal!
Pois bem... não consigo precisar quanto tempo durou aquele momento sem mim, mas garanto que foi uma maravilha, algo nunca experimentado por mim até então. Elas não se beijavam apenas, elas faziam amor com os lábios, elas amavam-se, entregavam-se suavemente, numa dança em que a música era tocada ao suave passear de mãos nos corpos de uma e de outra. Uma melodia inesquecivelmente doce.
Já me tinha deixado em tronco nu, pois o calor sentia-se ao longe, e as calças já tinham a berguilha aberta, para que eu me permitisse ir brincando sozinho, gozando aquele show só para mim!
As mãos dela entraram nas cuecas da amiga e a mão da amiga nas cuecas dela. E ouvia-se a respiração começar a ficar alterada, durante os longos beijos.
Via a língua delas brincarem, uma com a outra sem nunca pararem com a outra mão que estava ocupada com a outra.


Aquilo tudo estava demais, tanto que era dificil, mesmo dificil segurar-me de forma a não me ter juntado a tamanho festim... Julgo ter petrificado a determinado momento. Tão certas as minhas palavras, que dei por mim imóvel, sem me tocar, parado no sofá, lendo nos olhos de cada uma, expressões feitas pelo rosto espelhado de felicidade.


Deitam-se e os beijos passam a ser espalhados pelos corpos das duas, mas ela ficou deitada e a amiga chegou-lhe à fonte.
Vai beber o nectar que eu conheço, nectar dos deuses...
Ela levanta o corpo, volta a passar os dedos no ventre da amiga e diz-lhe: -Tás toda molhadinha! Não o queres agora?
E nesse momento olham as duas para mim...
-Anda cá!
Garanto que ao som destas palavras, não foi preciso dizer duas vezes, pois ouvi bem à primeira!


Nessa altura eu levantei e fui de encontro às duas... de forma a ficar bem mais perto daquela lareira. Porque aquilo era uma lareira, aquele calor todo...
Fivo a observar o corpo da amiga, e digo-lhe que continue...
Ao mesmo tempo vou tirando a restante roupa que tenho vestida, e chego-me para beijar as costas da amiga e passear as mãos nela.
Olho bem de perto o rosto e ela olha-me, soltando um suspiro de quem está a ser sugada, bebida...
A amiga olha para nós e eu roubo a ela um beijo e a amiga vem também, ela quer a amiga, beijar a amiga.
Roubo também um beijo à amiga, para sentir nos seus lábios o sabor o cheiro dela... e volto ao corpo da amiga.
Beijo-a e vou descendo! Quero muito mergulhar a minha lingua no seu ventre...



Vulcano

Sem comentários: