quinta-feira, 26 de junho de 2014

O FOGO QUE ELA TRÁS NO CORPO


Há muito que não me cruzava com ela, nem falava com ela.
Não havia qualquer troca de notícias entre nós porque não havia amigos em comum, não havia ninguém que eu conhecesse da parte dela, nem ela da minha parte.
O que nos fez cruzar, a rua da minha vida com a rua da vida dela, foi o gosto pelo calor, pelo perverso, pela imagem e pelo pormenor.
Eu sempre que a olho, o meu coração dispara, o meu corpo aquece, as mãos começam a transpirar e sinto um leve turbilhão entre as pernas. Não nego que sempre que os meus olhos cruzam o seu olhar, o seu corpo, é como se eu a visse já sem roupa, mostrando-me todas as suas tatuagens pelo corpo, como se girasse para que eu a visse dar uma voltinha.
E ela com o seu à vontade natural que tanto me fascina, fira-se para mim e pergunta-me:
-Tens fodido?
Só isso, fez com que o calor que tomava conta do meu corpo, passasse a chama, forte e descontrolada!
-Nem por isso! Respondi-lhe.
Não foi preciso mais conversa e entendi nesse preciso momento que precisavamos tomar conta dos nossos corpos, pois somente depois de domarmos os nossos corpos é que conseguiriamos ter uma conversa normal e perguntar realmente tudo sobre como havia passado esse tempo sem nos vermos. Pois a minha fome por ela, por já não a ter nas minhas mãos há tanto tempo, era tanta essa fome que nada que ela dissesse iria ser demasiado interessante, ou mais interessante que fizesse desviar o meu olhar do seu corpo, com vontade de o possuir, de entrar nela, de a beijar e provar e a apalpar...
E assim foi... meio louco, meio doido... mas com um toque, um fogo, que só a explicação é tão dificil de a fazer, iria ser tão confuso...
Apenas entregamos os nossos corpos, um ao outro! Com a vontade de nos amarmos sendo apenas muito, mas mesmo muito, bons amigos...
Vulcano
Para a GI


Num qualquer corredor de um prédio qualquer...